CAPÍTULO IX – A INDUSTRIALIZAÇÃO – O começo
Após passar pelo tempo em que as fazendas de criação de gado dominavam o território, Sapucaia foi conhecida como terra da farinha, para então notabilizar-se pelo elevado número de matadouros em seu território. A industrialização de Sapucaia iniciou em 1940, com a construção da BR2, hoje BR 116. O governo do Estado e o Município de São Leopoldo concederam isenções de tributos a todas as empresas que viessem a se estabelecer ao longo da via. O território de Sapucaia foi bastante valorizado, com a instalação de dezenas de grandes empresas que transformaram o 7º Distrito de São Leopoldo em potência econômica, e principal área de recolhimentos de tributos do Município de São Leopoldo.
A vinda de grandes indústrias propiciou o adensamento populacional de Sapucaia, resultante da migração interna devido esvaziamento das áreas rurais. Para acolher esses migrantes os donos de sítios, chácaras e fazendas lotearam suas terras, vendendo os lotes em prestações mensais. A maioria desses loteamentos não dispunham de qualquer tipo de infraestrutura. Não havia preocupação nem com a malha viária. Havia interesse de propiciar o maior número de lotes possíveis e, portanto, um maior retorno financeiro. A Prefeitura de São Leopoldo se omitiu, pois achava que o importante era acomodar os trabalhadores que demandavam em busca de emprego.
Cabe salientar que as torrentes humanas chegadas à Sapucaia em cada uma de suas fases econômicas, moldaram o Município, miscigenando hábitos e costumes. Até a década de 1940 os hábitos da população eram quase exclusivamente açorianos e portugueses. Até os descendentes de outras etnias até então chegados haviam se amoldado ao esse jeito de viver. Mas, a partir daí, as coisas mudaram e, ainda hoje, os nascidos no Município não conseguem superar o número daqueles que vieram de outras cidades, regiões ou estados.
1959 – Indústrias do 7º Distrito
Olarias:
Caligaro & Cia
Galdino Petry
Hugo Scherer Irmãos
João Daudt & Cia.
Olaria Boa Vista Ltda.
Rodolfo Daudt
Vacchi & Cia
Curtumes:
Albinio Sieburger
Cubla Cortume Uruguaio Brasileiro S/A
Vaccho & Cia.
Fábrica de Bobasm:
Arlindo Osvaldo Lenhart
Fábrica de Tanino:
Cia.Brasileira de Extrato de Acácia
Fábrica de Calçados;
Calçados Aglae Ltda.
Emmanueli
Fábrica de Tecidos e fios:
Lanifício Sulriograndense S/A
Lanifício Kurabo S/A
Fábrica de fogos de artifícios:
Pavany & Irmão
Fábrica e Moagem de Café:
Eurico M.Martini
Irmãos Baierle
Paulo D. Teichmann
Valdir Cardoso
Indústria de Cerâmicas
Indústria agrícola Vacchi Ltda.
Fábrica de Artefatos de Cimento:
Oscar P. Moraes
Siderurgica:
Siderúrgica Riograndense S/A
Fundições:
Silva & Mattes
Colchoaria:
Daniel Thoseski
Eni Allgayer